quarta-feira, 12 de abril de 2017

Mensagem de Sagan


Fala galera!

Faz um bom tempo que não escrevo um post aqui. É muita correria, muita coisa para estudar e muita coisa para fazer que o tempo fica pouco. Resolvi então escrever esse post sobre um conteúdo que está um pouco fora do escopo ou da nossa área profissional, mas acho muito válido compartilhar.

Então dentre essas tarefas que "tomam meu tempo" - e em alguns poucos momentos de descanso - estava assistindo uma série na Netflix que, na minha opinião, toda pessoa no mundo deveria dar uma atenção especial. Trata-se do documentário chamado Cosmos.

Cosmos


Cosmos foi uma série criada por Carl Sagan e sua mulher Ann Druyan em 1980 que levou três anos para ser concluída. A versão disponível na Netflix é uma continuação que estreou no dia 09 de março de 2014 e é apresentada pelo famoso físico Neil deGrasse Tyson  entitulada como Cosmos: A Spacetime Odyssey (Cosmos: uma odisseia no espaço-tempo).

Infelizmente, não entrarei em detalhes sobre cada episódio - até porque não tenho o conhecimento tão aprofundado a respeito do assunto-, mas gostaria de compartilhar uma mensagem que é apresentada em um dos episódios no qual me chamou a atenção.

Sagan deixou uma mensagem em seu livro Ponto Azul Claro, onde foi muito bem apresentado no seriado. Bom, vou deixar a mensagem para que leiam e reflitam.

Ponto Azul Claro

Observe o ponto mais uma vez. É aqui. É a nossa casa. Somos nós. Nele vivem ou viveram todas as pessoas que ama, todas as pessoas que conhece, todas as pessoas de que ouviu falar, todos os seres humanos que alguma vez existiram.
A conjunção da nossa alegria e do nosso sofrimento, milhares de religiões confiantes, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e recolectores, todos os heróis e covardes, todos os criadores e destruidores da civilização, todos os reis e camponeses, todos os jovens casais apaixonados, todas as mães e pais, crianças esperançadas, inventores e exploradores, todos os professores de moral, todos os políticos corruptos, todas as "superestrelas", todos os "líderes supremos", todos os santos e pecadores da história da nossa espécie viveram lá – numa partícula de poeira suspensa num raio solar.
A terra é um palco muito pequeno, numa imensa arena cósmica.
Pense nas infinitas crueldades infligidas pelos habitantes de um canto desse pixel, nos quase imperceptíveis habitantes de algum outro canto… como são frequentes os seus desentendimentos, como eles estão sedentos de se matar uns aos outros, como fervilham os seus ódios.
Pense nos rios de sangue derramados por todos esses generais e imperadores para que, em glória e triunfo, eles pudessem ser os chefes momentâneos de uma fracção de um ponto.
As nossas atitudes, a nossa imaginária auto-importância, a ilusão de que temos alguma posição privilegiada no universo, são desafiadas por este ponto de luz pálida.
O nosso planeta é um pontinho solitário na grande e envolvente escuridão cósmica.
Na nossa obscuridade, em toda essa imensidão, não há indício de que a ajuda virá de algum outro lugar para salvar-nos de nós mesmos.
Goste disso ou não, neste momento, a Terra é onde vivemos.
Tem sido dito que a astronomia é uma experiância de humildade e de formação do carácter.
Talvez não haja melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que essa imagem distante de nosso pequeno mundo.
Ela enfatiza a nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros, e de preservar e estimar o único lar que nós conhecemos. O ponto azul claro.
E para quem tem preguiça de ler rsrsrs vou deixar um vídeo muito legal que deixa melhor ainda a experiência de ouvir/ler essa mensagem.


Espero que tenham curtido tanto quanto eu. Logo voltarei a colocar mais posts.

Att

;)